Vivemos
no reino da vaidade. Nossa geração cultua o corpo. Academias pipocam em todos
as esquinas. Clínicas de tratamento de beleza proliferam em todas as cidades.
Somos o campeão mundial em cirurgias plásticas. Exaltamos a aparência.
Supervalorizamos a beleza física. Gastamos rios de dinheiro em cosméticos.
Queremos nos manter em forma. Nada de errado com isso. Aliás, o cuidado com o
corpo é ordenança divina. Nosso corpo foi criado por Deus e remido por ele. Não
somos de nós mesmos. Devemos glorificar a Deus em nosso corpo. Devemos ser
mordomos responsáveis
do nosso corpo.
O problema acontece quando há um desequilíbrio entre o exterior
e o interior. Quando cultivamos a beleza do corpo, mas não tratamos da beleza
da alma. Não adianta tirar as rugas da face se não esticamos os músculos da
alma. Não adianta entrar num spa se não temos uma dieta perfeita para nosso
espírito. Não adianta fazer cirurgias plásticas para remover o excesso se não
lancetamos os abcessos da alma.
A
mulher virtuosa cultiva a beleza física, mas valoriza mais a beleza interior.
Vamos conferir isso: A força e a dignidade são os seus vestidos ... (Pv 31.25).
Há muitas mulheres belas, mas vazias. Há muitas mulheres cultas, mas sem
dignidade. Há muitas mulheres bem vestidas, mas fúteis. Há muitas mulheres
famosas, mas rendidas à mais repugnante vaidade. A mulher virtuosa conjuga
beleza com caráter; boa apresentação com simplicidade; beleza exterior com
beleza interior.
Na Antiguidade, as mulheres não tinham a vida social que têm
hoje. Poucas mulheres alcançavam projeção. Então, as mulheres ricas gastavam
tempo excessivo cuidando de vestuários dispendiosos e penteados extravagantes,
permeando a vasta cabeleira com ouro e pérolas. Empetecavam-se de joias e
adornos. Faziam desse festival de vaidades a passarela da vida. O cuidado com a
aparência era um fim em si mesmo. Tanto Paulo como Pedro denunciaram essa
postura fútil e recomendaram a modéstia e o cultivo da beleza interior Cl Tm
2.9; lPe 3.3).
Nenhum comentário:
Postar um comentário