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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

A Banalização do Sagrado


O espírito pós-moderno tem levado muitos crentes à banalização do sagrado. Milhares de pessoas entram pelos umbrais da igreja evangélica, mas continuam prisioneiras de suas crendices e de seus pecados. Têm nome de crente, cacuete de crente, mas não vida de santidade. Em vez de serem instruídas na verdade, são alimentadas por toda sorte de misticismo estranhoàs Escrituras. Em vez de crescerem no conhecimento e na graça de Cristo, aprofundam-se ainda mais no antropocentrismo idolátrico, ainda que maquiado de espiritualidade efusiva.
 
Dentro desta cosmovisão, os céus estão a serviço da terra. Deus está a serviço do homem. Não é mais a vontade de Deus que deve ser feita na terra, mas a vontade do homem no céu.
 
Tudo tem de girar ao redor das escolhas, gostos e preferências do homem. O bem-estar do homem e não a glória de Deus tornou-se o foco central da vida. Assim, o culto também se tornou antropocêntrico. Cantamos para o nosso próprio deleite. Louvamo-nos a nós mesmos. Influenciados pela síndrome de Babel, celebramos o nosso próprio nome.
 
Nesse contexto, a mensagem também precisa agradar o auditório. Ela é resultado de uma pesquisa de mercado para saber o que atrai o povo. O ouvinte é quem decide o que quer ouvir. O sermão deixou de ser voz de Deus para ser preferência do homem. Os pregadores pregam não o que o povo precisa ouvir, mas o que o povo quer ouvir. O misticismo está tomando o lugar da verdade. A autoajuda está ocupando o lugar da mensagem da salvação. Assim, o homem não precisa de arrependimento, mas apenas de libertação, visto que ele não é culpado, mas apenas uma vítima. O pragmatismo pós-moderno está substituindo o genuíno evangelho.
 
A banalização da teologia desemboca na vulgarização da ética. Onde não tem doutrina bíblica sólida não pode haver vida irrepreensível. A teologia é mãe da ética. A ética procede da teologia. Em que a verdade é substituída pela experiência, a igreja pode até crescer numericamente, mas torna-se confusa, doente e corrompida. O povo de Deus perece quando lhe falta o conhecimento. Onde falta a Palavra de Deus, o povo se corrompe. Outrossim, onde não há santidade, ainda que haja ortodoxia, o nome de Deus é blasfemado.
 
 
A banalização do sagrado é visto claramente nas Escrituras. O profeta Malaquias denunciou com palavras candentes o desrespeito dos sacerdotes em relação à santidade do nome de Deus, do culto, do casamento e dos dízimos. A religiosidade do povo era divorciada da Palavra de Deus. As coisas aconteciam, o povo vinha ao templo, o culto era celebrado, mas Deus não era honrado. Jesus condenou, também, a banalização do sagrado quando  expulsou os vendilhões do templo. Eles queriam fazer do templo, um covil de salteadores; do púlpito, um balcão de negócios; do evangelho, um produto de mercado e dos adoradores, consumidores de seus produtos.
 
O livro de Samuel, igualmente, denuncia esse mesmo pecado. O povo de Israel estava em guerra contra os filisteus, pensando que Deus estava do lado deles, mesmo quando seus sacerdotes estavam em pecado. Porém, quatro mil israelitas caíram mortos na batalha, porque o ativismo não substitui santidade. O povo, em vez de arrepender-se, mandou buscar a arca da aliança, símbolo da presença de Deus. Quando a arca chegou, houve grande júbilo e o povo de Israel celebrou vigorosamente a ponto de fazer estremecer o arraial do inimigo, mas uma derrota ainda mais fatídica foi imposta a Israel e trinta mil soldados pereceram, os sacerdotes morreram e a arca foi tomada pelos filisteus. Alegria e entusiasmo sem verdade e sem santidade não nos livram dos desastres.
 
 
Rituais pomposos em vida de obediência não agradam a Deus. Deus está mais interessado em quem nós somos do que no que fazemos. Deus não aceita nosso culto nem nossas ofertas quando rejeita a nossa vida. Antes de Deus aceitar o nosso culto, Ele precisa agradar-se da nossa vida. É tempo de examinarmo-nos a nós mesmos e voltarmo-nos para o Senhor de todo o nosso coração.
 
 
Texto: Hernandes dias lopes
Extraído da Revisto ATOSHOJE
Igreja Batista da Lagoinha
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A consternação está perdendo espaço? O retorno de Hitler

Por Luiz Sayão

Uma das figuras mais sombrias do século 20 foi o ditador nazista Adolf Hitler. O artista desiludido austríaco conseguiu crescer na política alemã dos anos 30 até tornar-se o chanceler de um pretenso império germânico que acabaria se desmoronando em 1945, com o final da Segunda Guerra Mundial. As terríveis decorrências do governo de Hitler ainda hoje nos causam espanto e pavor. Além da perseguição deflagrada contra os judeus, bastante conhecida e divulgada, e dos campos de concentração criados pelo regime nazista, Hitler foi o causador direto e indireto de atrocidades imensuráveis. Conforme as estimativas, a Segunda Guerra Mundial deixou cerca de 70 milhões de mortos, sendo mais de 24 milhões de russos, 20 milhões de chineses, 7,5 milhões de alemães e 6 milhões de judeus. Destes, 60% eram civis. A perseguição e os maus tratos atingiram diversas comunidades como ciganos, eslavos, homossexuais, judeus, evangélicos e comunistas. Um dos principais mártires evangélicos do período nazista foi Dietrich Bonhoeffer. Entre os teólogos renomados que perderam sua posição por causa da intolerância Führer, destacam-se Karl Barth e Paul Tillich.

As propostas imperialistas e racistas de Hitler chocaram o mundo por sua frieza no processo de condenação, prisão e assassinato dos “indesejados” pelo sistema. A eliminação de milhões de pessoas – calculada e premeditada – mais as experiências genéticas e científicas cruéis e desumanas deixaram o mundo consternado. Estávamos diante de um império da morte.

No entanto, parece que essa percepção da realidade está mudando. A consternação perdeu espaço nos últimos anos. Recentemente, por exemplo, conversei com alguém que comentou uma aula de filosofia. Nela a professora afirmou a lógica da sociedade relativista: “O que Hitler fez é errado para nós, mas para eles estava certo. Cada cultura e sociedade decide o que acha certo ou errado”.

Voltando a atenção para a perspectiva bíblica, vamos encontrar o fato de que Deus é descrito como o Deus que dá a vida e tem poder sobre ela (Dt 30.15; 1 Sm 2.6; Ne 9.6). Em grande parte, a teologia do Antigo Testamento é uma teologia da vida. A relação de polarização “vida-morte” marca muito da revelação das Sagradas Escrituras. O primeiro pecado humano tem como retribuição o castigo da morte (Gn 2.17). Em seguida, o que é vedado ao homem, que deseja independência de Deus, é a árvore da vida (Gn 3.22-24). Toda impureza ritual que encontramos em Levítico está relacionada com a morte. Os animais ligados à morte (carnívoros e rastejantes) não podem ser comidos (Lv 11). A impureza do fluxo do homem e da mulher os tornam imundos (Lv 15), pois o que era para ser vida tornou-se morte. Toda promessa de bênção para Israel envolve bênçãos da terra e de prosperidade, que são, em resumo, uma celebração da vida. Basta ler acerca das implicações da aliança entre Deus e Israel em Deuteronômio 27-29 e observar como a distinção básica é: bênçãos para a vida e ameaças que significam morte. O salmista louva a Deus e clama ao Senhor por causa daquilo que representa a diferença entre a vida e a morte (e.g. Sl 30).

A renovação das promessas de Deus por ocasião do exílio está claramente apresentada por Jeremias: “Ponho diante de vocês o caminho da vida e o caminho da morte” (21.8). Quando chegamos ao Novo Testamento, a polaridade permanece; agora, porém, o enfoque é distinto. A qualidade de vida sobe! A vida que está em vista é de qualidade plena e superior: a vida eterna (Jo 3.16). O próprio Jesus é “o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). Já a morte absoluta descrita no Novo Testamento também é a morte eterna.

Conforme podemos observar, o Deus da Bíblia cria, enfatiza, valoriza e concede vida, e vida em plenitude (Jo 10.10). Quem crê tem vontade de viver e razão para celebrar a vida. Para falarmos sobre isso, é preciso entender que a vida é um valor importante nas Escrituras por causa da perspectiva bíblica da realidade. Segundo as Escrituras, o ser humano é imagem de Deus (Gn 1.26), o que lhe dá significado no universo e dignidade intrínseca. O homem possui origem e propósito definidos e caminha telologicamente para um destino, sob o domínio divino. O ser humano sobrevive após a morte e terá de prestar contas de sua vida a Deus, o justo juiz. Neste sistema bíblico, faz sentido viver. Todavia, quando isso é deixado de lado, o sistema desmorona e passamos a caminhar na direção de uma cultura “da morte”.

Será que é sem razão e explicação que vivemos numa sociedade que banalizou o aborto e que trivializou a violência? Por que, à semelhança do paganismo greco-romano antigo, há uma obsessão crescente na sociedade pela morte e pela violência? Há uma sede de sangue no ar! Os filmes de terror, obsessão máxima pela morte, tornaram-se divertimentos triviais. É a triste universalização do “Halloween” americano. Não é assustador e estarrecedor observar a busca da morte nas drogas e nas experiências radicais sexuais e religiosas que rondam o público adolescente e juvenil, em pleno vigor da vida? Por que grupos de rock como ACDC, Kiss e Sepultura fazem sucesso e cativam tantos fãs? Como entender a epidemia mundial de suicídio, principalmente em países abastados, incluindo crianças e adolescentes? O que está acontecendo conosco? Socorro! Parem o mundo que eu quero descer! A irrelevância e a fascinação da morte nos assustam!

O fato é que, sem o Deus da vida, caminhamos para a morte. Estamos de novo sob a sombra de Hitler, filho lógico da sociedade secular, pós-nietzschiana. A verdade é que a sociedade secular, que se enraizou na cultura ocidental nos últimos quatro séculos, a partir da natureza e do homem, não tem base para estabelecer e defender o valor da vida e do ser humano. Sem Deus, o homem está morto. Sem Deus, não há paradigmas, e sem paradigmas absolutos, não há razão para viver. Sentimos a maresia e a náusea dos escritos existencialistas ateus. Por que o racismo de Hitler deve ser condenado? Em que base? Se o ser humano não tem valor intrínseco, por que uma etnia específica teria algum valor? Se não há parâmetros para definir o que é certo e errado, como dizer que Hitler cometeu crimes contra a humanidade? O americano imperialista belicoso, o terrorista radical islâmico, o índio que comete infanticídio e o neonazista homicida estão todos corretos em seus próprios pontos de vista! Só resta a voz (ou a arma) do mais forte para impor a lei neste admirável mundo bárbaro.

Nossa sociedade está em crise. O fato é que em muitos países, assassinos são hoje protegidos pela lei. O aborto tornou-se “direito” e sinal de “avanço”. O suicídio tornou-se “requinte” de sociedades sofisticadas. O nível de barbárie dos crimes apavoraria até os carrascos de Auschwitz. Vemos pedofilia seguida de morte, canibalismo, chacinas, crianças homicidas, suicídio coletivo etc. Onde vamos parar?

A sociedade secular, com seu humanismo, ateísmo e agnosticismo, nunca foi coerente com seus pressupostos. Embora crítica do cristianismo, sempre viveu de seus valores. No secularismo ateu não há lugar para a misericórdia, a caridade, o amor e a esperança. Os ateus e agnósticos vivem, na prática, com idéias cristãs de amor, igualdade, perdão etc. A grande pergunta é: “O que acontecerá conosco quando tivermos gerações criadas sem a influência cristã?”

Se Deus não existe e não há juízo final, e a vida é apenas agora, um mero acidente que deu certo, a lógica necessária é a selvageria. O que vale é aproveitar ao máximo o pouco que temos neste mundo sem lei e sem lógica. A questão se torna muito mais relevante quando vemos a barbárie crescente presente em nosso cotidiano e o surgimento de uma nova empreitada hostil de ateus e agnósticos contra a expressão religiosa, particularmente contra o cristianismo, exemplificada na obra recente de Richard Dawkins (publicada em matéria de capa da edição de setembro de Enfoque). Se não considerarmos a história de nossa tradição ocidental, com sua herança cristã e suas decorrências, corremos o sério risco de ver uma versão piorada do que foi o nazismo; seria o “retorno de Hitler”.

FONTE: http://www.revistaenfoque.com.br/index.php?edicao=77&materia=942 Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Os mais variados tipos de pregadores e seus públicos.

Há quase 20 anos, fui convidado pela primeira vez para participar de uma agência nacional de pregadores. Um companheiro de púlpito me ofereceu um cartão e disse: “Seria um prazer tê-lo em nossa agência”. Então, lhe perguntei: “Como funciona essa agência?” E a sua resposta me deixou estarrecido: “As igrejas ligam para nós, especificam que tipo de pregador desejam ter em seu evento, e nós cuidamos de tudo. Negociamos um bom cachê”.

É impressionante como o pregador, nos últimos anos, se transformou em um produto. Há alguns meses, depois de eu ter pregado em uma igreja (não me pergunte onde), certo pastor me disse: “Gostei da sua pregação, mas o irmão conhece algum pregador de vigília?” Achei curiosa essa pergunta, pois eu gosto de oração, já preguei várias vezes em vigílias, porém, segundo aquele irmão sugeriu, eu não serviria para pregar em uma vigília!

Em nossos dias — para tristeza do Espírito Santo — pertencer a uma agência de pregadores tornou-se comum e corriqueiro. E os convites para ingressar nessas agências chegam principalmente pela Internet. Nos sites de relacionamento encontramos comunidades pelas quais os internautas mencionam quem é o seu pregador preferido e por quê. Certa jovem, num tópico denominado “O melhor pregador”, declarou: “Não existe ninguém melhor que ninguém; cada um tem a sua maneira de pregar, e cada pessoa avalia segundo o seu gosto”.

Ela tem razão. Ser pregador, hoje em dia, não basta. Você tem de atender às preferências do povo. Já ouvi irmãos conversando e dizendo: “Fulano é um ótimo pregador, mas não é pregador de congresso” ou “Fulano tem muito conhecimento, mas não gosta do reteté”.

Conheçamos alguns tipos de pregador e seus públicos-alvo:

Pregador humorista. Diverte muito o seu público-alvo. Tem habilidade para contar fatos anedóticos (ou piadas mesmo) e fazer imitações. Ele é como o famoso humorista do gênero stand-up comedy Chris Rock (que aparece na imagem acima). De vez em quando cita versículos. Mas os seus admiradores não estão interessados em ouvir citações bíblicas. Isso, para eles, é secundário.

Pregador “de vigília”. Também é conhecido como pregador do reteté. Aparenta ter muita espiritualidade, mas em geral não gosta da Bíblia, principalmente por causa de 1 Coríntios 14, especialmente os versículos 37 e 40: “Se alguém cuida ser espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor... faça-se tudo decentemente e com ordem”. Quando ele vê alguém manejando bem a Palavra da verdade (2 Tm 2.15), considera-o frio e sem unção. Ignora que o expoente que agrada a Deus precisa crescer na graça e no conhecimento (2 Pe 3.18; Jo 1.14; Mt 22.29). Seu público parece embriagado e é capaz de fazer tudo o que ele mandar.

Pregador “de congresso”. Entre aspas porque existe o pregador de congresso que faz jus ao título. Mas o pregador “de congresso” (note: entre aspas) anda de mãos dadas com o pregador “de vigília”, mas é mais famoso. Segundo os admiradores dessa modalidade, trata-se do pregador que tem presença de palco e muita “unção”. Também conhecido como pregador malabarista ou animador de auditórios, fica o tempo todo mandando o seu público repetir isso e aquilo, apertar a mão do irmão ao lado, beliscá-lo... Se for preciso, gira o paletó sobre a cabeça, joga-o no chão, esgoela-se, sopra o microfone, emite sons de metralhadora, faz gestos que lembram golpes de artes marciais... Exposição bíblica que é bom... quase nada!

Pregador “de congresso” agressivo. É aquele que tem as mesmas características do pregador acima, mas com uma “qualidade” a mais. Quando percebe que há no púlpito alguém que não repete os seus bordões, passa a atacá-lo indiretamente. Suas principais provocações são: “Tem obreiro com cara de delegado”, “Hoje a sua máscara vai cair, fariseu”, “Você tem cara amarrada, mas você é minoria”. Estas frases levam o seu fanático público ao delírio, e ele se satisfaz em humilhar as pessoas que não concordam com a sua postura espalhafatosa.

Pregador popstar. Seu pregador-modelo é o show-man Benny Hinn, e não o Senhor Jesus. É um tipo de pregador admirado por milhares de pessoas. Já superou o pregador de congresso. É um verdadeiro artista. Veste-se como um astro; sua roupa é reluzente. Ele, em si, chama mais a atenção que a sua pregação. É hábil em fazer o seu público a abrir a carteira. Seus admiradores, verdadeiros fãs, são capazes de dar a vida pelo seu pregador-ídolo. Eles não se importam com as heresias e modismos dele. Trata-se de um público que supervaloriza o carisma, em detrimento do caráter.

Pregador milagreiro. Também tem como paradigma Benny Hinn, mas consegue superar o seu ídolo. Sua exegese é sofrível. Baseia-se, por exemplo, em 1 Coríntios 1.25, para pregar sobre “a unção da loucura de Deus”. Cativa e domina o seu público, que, aliás, não está interessado em ouvir uma exposição bíblica. O que mais deseja é ver sinais, como pessoas lançadas ao chão supostamente pelo poder de Deus e fenômenos controversos. Em geral, o pregador milagreiro, além de ilusionista e “poderoso” (Dt 13.1-4), é aético e sem educação. Mesmo assim, ainda que xingue ou ameace os que se opõem às suas sandices e invencionices, o seu público é fiel e sempre diz “aleluia”.

Pregador contador de histórias. Conta histórias como ninguém, mas não respeita as narrativas bíblicas, acrescentando-lhes pormenores que comprometem a sã doutrina. Costuma contextualizar o texto sagrado ao extremo. Ouvi certa vez um famoso pregador dizendo: “Absalão, com os seus longos cabelos, montou na sua motoca e vruuum...” Seu público — diferentemente dos bereanos, que examinavam “cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17.11) — recebe de bom grado histórias extrabíblicas e antibíblicas.

Pregador cantante. Indeciso quanto à sua chamada. Costuma cantar dois ou três hinos (hinos?) antes da pregação e outro no meio dela. Ao final, canta mais um. Seu público gosta dessa “versatilidade” e comemora: “Esse irmão é uma bênção! Prega e canta”. Na verdade, ele não faz nenhuma das duas coisas bem.

Pregador “massagista”. É hábil em dizer palavras que massageiam os egos e agradam os ouvidos (2 Tm 4.1-5). Procura agradar a todos porque a sua principal motivação é o dinheiro. Ele não tem outra mensagem, a não ser “vitória”, principalmente a financeira. Talvez seja o tipo de pregador com maior público, ao lado dos pregadores humorista, popstar e milagreiro.

Pregador sem graça. É aquele que não tem a graça de Deus (At 4.33). Sua pregação tem bastante conteúdo, mas é como uma espada: comprida e chata (maçante, enfadonha). Mas até esse tipo de pregador tem o seu público, formado pelos irmãos que gostam de dormir ou conversar durante a pregação.

Pregador chamado por Deus (1 Tm 2.7). Prega a Palavra de Deus com verdade. Estuda a Bíblia diariamente. Ora. Jejua. É verdadeiramente espiritual. Tem compromisso com o Deus da Palavra e com a Palavra de Deus. Seu paradigma é o Senhor Jesus Cristo, o maior pregador que já andou na terra. Ele não prega para agradar ou agredir pessoas, e sim para cumprir o seu chamado. Seu público — que não é a maioria, posto que são poucos os fiéis (Sl 12.1; 101.6) — sabe que ele é um profeta de Deus. Esse tipo de pregador está em falta em nossos dias, mas não chama muito a atenção das agências de pregadores. A bem da verdade, estas também sabem que nunca poderão contar com ele...

Qual é a sua modalidade preferida, prezado leitor? Você pertence a qual público? E você, pregador, qual dos perfis apresentados mais lhe agrada?


Fonte: blog do Ciro
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sábado, 28 de maio de 2011

CRENTES NÔMADES

Nômades são pessoas que não param em lugar algum. Vivem de lugar em lugar em busca de sobrevivência, e a duração em algum lugar depende de como as coisas estão favoráveis sempre do ponto de vista material. Essas pessoas geralmente perdem sua identidade assimilando elementos das várias culturas por onde passam. Muitos crentes nos dias de hoje estão vivendo de forma nômade espiritualmente falando, vivem de igreja em igreja, assimilam em parte costumes e doutrinas de todas as igrejas, mas terminam por não se firmarem em nenhuma delas.

São geralmente bons críticos dos outros, mas falhos na auto-crítica; isto é: conseguem com muita precisão perceber onde existe uma falha por menor que seja, só não conseguem ver o erro que estão cometendo. Geralmente valorizam de cada igreja aquelas coisas que lhe agradam, mas nunca aprendem a conviver com aquelas que agradam os outros, e o que é pior, nunca se preocupam com o que realmente agrada a Deus, mas só com o que agrada a si mesmo. Em uma igreja não fica por causa do pastor, em outra por causa do louvor, em outra por causa da doutrina, em outra por causa das exigências e cobranças, e por aí vai. O crente nômade nunca pensa sobre o quanto poderia servir, ser útil a Deus e ao próximo, ele pensa a maioria do seu tempo no quanto está precisando receber compreensão, carinho, cura, prosperidade, promoção, reconhecimento, alegria e bem-estar. Até conhece muitos textos isolados da Bíblia, mas nunca dar muita atenção aquele que diz: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (Atos 20:35).

Na procura de muitas bênçãos, aproveitam todas as programações das igrejas da cidade, e desse modo nunca tem tempo para a igreja onde é membro, quando aparece é para notar todas as coisas erradas que porventura esteja acontecendo em sua igreja, e com esse procedimento o crente nômade nunca cresce espiritualmente, nem contribui para o crescimento de sua igreja. Aos que assim vivem a palavra de Deus adverte: “Não vos deixeis levar em redor por doutrinas várias e estranhas, porque bom é que o coração se fortifique com graça e não com manjares, que de nada aproveitaram aos que a eles se entregaram” (Hebreus 13:9). Note bem a frase: “doutrinas várias e estranhas”! Tenha cuidado com aquelas práticas misteriosas com aparência de poder espiritual, mas estranhas as Escrituras Sagradas.

Pr. Vinicio Pacífico de Melo
PASTOR DA IGREJA BATISTA EM VARJOTA - CE


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quarta-feira, 29 de julho de 2009

O DESCAMINHO DAS ÍNDIAS

CAMINHO DAS ÍNDIAS

“Caminhos da Índia”, a novela da Globo, tem os ingredientes costumeiros dos folhetins globais: triângulo amoroso, adultério, distorção da realidade (a Índia deles é só beleza), futilidade e estímulo à dissolução do casamento. Esses já são motivos mais que suficientes para que pessoas sensatas (especialmente cristãos) não percam seu tempo precioso em frente ao televisor num horário em que milhões deixam de entreter relacionamento verdadeiro com a família ou de ler um bom livro para se emocionar com os personagens novelescos.
No que diz respeito a “Caminhos da Índia”, os cristãos deveriam ter outras preocupação: a novela está servindo de “recurso missionário” para os valores e crenças do hinduísmo, com seus milhões de deuses que são adorados das mais diversas maneiras. Cada um tem o direito de divulgar as ideias que bem entende (faço isso aqui no blog), mas não devemos esquecer de que, quando o personagem é evangélico, as novelas da Globo não perdem a chance de apelar para o deboche e o estereótipo.
Que tal aproveitar a deixa e parar de ver novela (se é que você faz isso)? E mais: desligando o televisor na hora do folhetim, os cristãos brasileiros estariam manifestando sua opinião contrária à parcialidade religiosa da emissora. Mas, se você não liga pra isso, continue vendo sua novelinha...


Extraído do blog Notícias Cristãs.
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